sábado, 26 de junho de 2010

Comunidade Viva - Vinculos Educativos

Mais do que discursos bonitos vale a prática. De forma bem discreta, somos capazes de estabelecer vínculos com a comunidade do entorno de nossa escola.

Nesta ensolarada manhã de sábado (26 de junho de 2010), assentamos mais um valioso tijolinho no grande edifício que estamos construindo juntos na delicada e bela relação com nossos alunos. De início pensei que poucos alunos viriam para repor aula, mas fiquei surpreso quando encontrei na portaria do CEU Jaguaré um grupo de adolescentes que aguardava ansiosamente pelo campeonato. Quando os portões foram abertos, esses alunos dirigiram-se à quadra com sorrisos e semblantes tranquilos (inclusive aqueles que muitos transtornos causam ao longo das aulas).

Mais tarde, nova surpresa: eu, que esperava apenas meia dúzia de alunos de primeira a quarta série, me deparei com cerca de quarenta (bem que meu Coordenador Pedagógico havia dito que eles viriam em massa, e eu não acreditei). Todos estavam alegres e ansiosos em participar da caça ao tesouro, que organizamos espalhando pistas ao longo de todo CEU. E não é que deram conta do recado em menos de uma hora? 

Em cada rosto que abria os envelopes das pistas via-se muita alegria. Ao buscar as pistas seguintes muita correria e gritos alegres. Já na última pista a criança que achou a chave do tesouro vibrou e compartilhou sua descoberta com todos. Finalmente o o tesouro foi aberto e dividido entre todos: um cofre recheado de balas e pirulitos. E o mais lindo: crianças pequenas (primeiras e segundas séries) junto com crianças maiores (terceiras e quartas) participaram lado à lado de todas as etapas, sem problemas, com muita colaboração.

Após a partilha dos tesouros (o achado e repartido, bem como o tesouro do bom relacionamento e companheirismo durante a busca), todos puderam brincar no pátio: pequenos e grandes, alunos, professores e funcionários, com várias brincadeiras à escolher. E novamente a alegria esteve presente entre todos.

Dessa forma, demos mais um passo ao mostrar a nossos alunos que a Escola também tem espaço para o lazer sadio, organizado e compartilhado. E isto é importante para estabelecer e fortalecer vínculos.

Essa vivência gostosa fiz questão de registrar por meio de fotos, as quais estou disponibilizando em CD para uso interno da Escola - devemos registrar sempre esses momentos importantes, pois assim estamos registrando nossa história (sobretudo a história de uma escola que está em seu começo - daqui algum tempo daremos conta de que estamos participando desse momento importante e único).

Finalizo este relato de vivência pedagógica com um pensamento que sintetiza a prática pedagógica de um educador que no século XIX soube antecipar muita coisa que ainda estamos ensaiando no século XXI:
 

"Que os jovens não sejam amados, mas que eles próprios saibam que são amados... Que, sendo amados nas coisas que lhe agradam, aprendam a ver o amor nas coisas que naturalmente pouco lhe agradam..." 

(João Melchior Bosco, conhecido por Dom Bosco - leia seu testamento espiritual e pedagógico em uma de suas cartas, disponibilizada no link: http://pazeduca.pro.br/dombosco/?page_id=48).

Agradeço, de coração, a todos os envolvidos (direta e indiretamente). Como eu escrevi por ocasião de nossa festa junina: somente Deus para lhes retribuir.


Abraços fraternais.

João César 
26 de junho de 2010.